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quarta-feira, 22 de junho de 2011

programação de sábado

Neste sábado, dia 25/6 a partir das 19:15h, na antiga estação ferroviária Hervê Cordovil, no centro da cidade de Viçosa, o projeto Estação Cinema-Recuperando os Trilhos vai apresentar o filme Os Incompreendidos do diretor, François Truffaut. O filme finaliza a mostra Os Sonhadores, que homenageia a Nouvelle Vague Francesa, movimento cinematográfico da década de 60 que contribuiu muito para o desenvolvimento do cinema como obra de arte.

Truffaut revela infância sombria na obra-prima Os Incompreendidos



Os Incompreendidos não é só o primeiro longa de Truffaut, filmado em 1959: é um dos mais importantes da nouvelle vague e um dos melhores filmes de todos os tempos.




Trata-se de uma obra-prima.


Fotografado em preto-e-branco, Os Incompreendidosacompanha o percurso de um garoto de 12 ou 13 anos pela Paris do final dos anos 50.
A criança está sempre se metendo em encrencas, e vem daí o título original, Les 400 Coups – uma expressão idiomática francesa que pode ser traduzida por “pintar o sete”.
Antoine Doinel mata aula e mente que a mãe morreu, ergue um altar em honra de Honoré de Balzac e quase mete fogo na casa, rouba e se arrepende, é preso e foge.
O roteiro, do próprio Truffaut, em parceria com Marcel Moussy, recusa o clima piegas que costuma ter os filmes sobre infância. É quase um documentário, profundamente alegre em certas partes e triste, suave, melancólico no seu todo.
Passados quase 40 anos, o final deve se manter surpreendente. 


É um dos filmes mais simples e mais belos em cento e poucos anos de cinema.


Truffaut insistiu no personagem
O homem que amava as crianças não gostava de admitir o quão autobiográfico era o seu primeiro longa-metragem.
François Truffaut (1932-1984) não gostava de admitir, mas teve uma infância bem parecida com a do protagonista de Os Incompreendidos. Amargou problemas com os pais, aplicou pequenos golpes e acabou confinado num reformatório juvenil.
O homem que amava o cinema chegou a fazer do personagem Antoine Doinel e de seu intérprete, o ator Jean-Pierre Léaud, uma espécie de alter ego. Doinel, sempre interpretado por Léaud, voltou em outros quatro filmes ao longo de 20 anos, num caso único de insistência no triângulo diretor-personagem-ator:Antoine e Colette (1963), Beijos Proibidos (1968),Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979).
O homem que amava as mulheres repetiria em uma dezena de outros filmes sua devoção aos temas da infância e da solidão. Numa entrevista, chegaria a declarar que não conseguiria fazer outro filme “tão eficaz” comoOs Incompreendidos:
– Fico muito surpreso quando me dizem que se trata da solidão de uma criança. É exatamente isso o que eu queria.(Eduardo Veras, Agência RBS)




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